CAPÍTULO 1
O Príncipe da Paz
O Príncipe da Paz
Salém, o Reino da Paz, que viveu aquela guerra entre os soldados do Grande Rei e os
do príncipe apóstata, vivia um verdadeiro tempo de paz e prosperidade sob o governo de seu
Justo Rei. Mikael prosseguia liderando o grande exército formado pelo remanescente daqueles
que não cederam às tentações de Dragom (este é o nome do traidor).
A cidade estava bastante empolgada pela chegada do Príncipe herdeiro do Trono de
Salém. Durante muito tempo Ele havia se ausentado e se mantido em lugares longínquos
aprendendo como reinar. Mas o tempo já estava cumprido e dentro em breve, o Príncipe da Paz
chegaria.
Na véspera daquele grande dia, o Rei chamou Mikael aos seus átrios:
− Você sabe o que vai acontecer? – perguntou o Rei.
− Sim, Senhor.
− Eu quero que você vá buscá-lo. Guardem-no até que Ele chegue. Ele esteve por muito
tempo nos domínios de Melquisedeque. Meu filho foi para lá afim de que seja rei segundo a
ordem de Melquisedeque. Não demore, vai depressa!
− Sim. Assim o farei.
Mikael se curvou e depois de adorá-lo, partiu. Convocou seus doze homens de
confiança e foram rumo aos montes.
*
Seu nome era Emanuel e aparentava ter pouco mais de 25 anos. Era um rapaz alto,
forte e de boa aparência. Estava bastante ansioso para ver seu Pai e rever o Reino onde nascera.
Já há três dias eles viajavam e já se aproximavam da cordilheira do Sinai que distava de Salém
uma distância de cinco dias:
− Quanto tempo falta? – perguntou o Príncipe.
− Falta apenas um dia, Senhor. Amanhã a tarde chegaremos.
− Bem, quando a tarde chegar vamos acampar.
E a comitiva passou adiante dali. Era um grupo de seis rapazes contando com o
Príncipe. Todos vestiam roupas simples e vinham sobre cavalos. Ao descer o sol, pararam perto
de um lago. Desceram de suas montarias e tendo-as amarrado para que não fugissem, armaram
uma fogueira e deitaram-se sobre seus mantos. O Príncipe entrou na água para se refrescar
enquanto seus companheiros preparavam a comida. Depois do banho, Emanuel se sentou junto
à fogueira e foi comer. Um de seus amigos aproximou-se e perguntou:
− Como é o Reino de Teu Pai?
− É um lugar onde a justiça governa e não há perversidade. Suas casas não envelhecem
e seus moradores vivem em alegria e júbilo. Mas nem sempre foi assim. Houve quem se
levantasse contra o Rei e seu reinado invocando morte para si. Houve a guerra, mas os rebeldes
foram expulsos e o Reino encontrou estabilidade novamente. Você vai gostar de lá.
O amigo do príncipe se chamava Natã. Era um rapaz de 20 anos que morava com seus
pais nas terras de Melquisedeque. Sua amizade com Emanuel havia começado na adolescência
quando estudaram juntos. Ele conversaram bastante naquela noite e então, depois Natã foi
dormir.
Não muito distante dali, um pássaro negro voava por terras sombrias. Ao pousar, tomou
a forma de um homem e prostrou-se diante de um vulto alto com vestes negras:
− O Filho está voltando para casa. – disse a criatura.
− Continue seguindo-o. E só o deixe quando eu te chamar.
− Assim seja.
A criatura, tomando forma de pássaro novamente, ganhou os céus e partiu rumo a
Salém.
*
O sol mal havia nascido, Emanuel e seu grupo já estavam a caminho de Salém. De
repente, viram uma poeira subir ao longe:
− Alguém se aproxima, Senhor. – disseram.
− Continuem avançando. – ordenou Emanuel.
Quando chegaram mais perto, puderam ver cavalos e cavaleiros vindo em sua direção:
− Senhor, parecem soldados. Estão armados como se viessem contra nós.
− Vamos parar e esperar então. – disse Emanuel. A comitiva do Príncipe parou e
esperou que chegassem os supostos soldados. Em pouco tempo, eles se aproximaram e Mikael
estava à frente deles.
Descendo do cavalo, Mikael saudou-os:
− Viemos em paz e procuramos o Filho do Grande Rei.
− Eu Sou. – respondeu Emanuel. – Quem é você, amigo?
− Sou Mikael. Capitão do exército real e um dos príncipes de Salém. Como você
cresceu, alteza.
− Eu me lembro de você. Estes são meus amigos. Natã, Gabriel, Calebe, Cefas e Judá.
− Sejam bem vindos. – Mikael prostrou-se e o adorou.
– Agora vamos, Teu Pai te espera.
A comitiva, agora maior, partiu rumo a Cidade da Paz. Em algumas horas chegariam a
seus portões onde o povo inteiro os aguardava preparados para uma grande festa.
E no céu, um pássaro negro os seguia.
*
O sol ainda brilhava (não com tanta força) e refletia nos espelhos e vidros do Palácio. A
cidade estava completamente adornada. Os homens cuidavam para que tudo estivesse pronto
quando Ele adentrasse a Grande Cidade.
Passadas algumas horas, ouviu-se um grande clamor e o som de trombeta. Todos
corriam para as portas da cidade munidos de ramos de oliveiras. A população de Salém em
peso aclamava ao cavaleiro que vinha sobre seu cavalo ao lado de Mikael.
Em alta voz, todos davam suas boas vindas e homenagens a Emanuel, que observava e
se alegrava muito com tudo aquilo. Passaram com seus cavalos entre a multidão que se
comprimia para ver quem era aquele Príncipe tão esperado. Ao chegarem à porta do Palácio,
Emanuel desceu de seu cavalo e prostrou-se entre lágrimas:
− Como são sublime estes degraus e mais ainda como é sublime Aquele que se assenta
sobre o Trono. Bendita seja por todos os dias da eternidade e malditos sejam todos teus
inimigos!
Ao terminar de dizer estas palavras, saiu ao Seu encontro o Seu Pai e todos os que
assistem diante dEle:
− Este é o meu Filho amado, Aquele a quem eu quero bem!
Emanuel aproximou-se de Seu Pai e os dois se abraçaram em meio às lágrimas. Todos
os que viam se emocionavam e diziam uns aos outros:
− Eles são realmente um só. Vejam como se amam.
O Rei olhou para a multidão que estava ao pé da escadaria e disse:
− Este é Emanuel, meu Filho e Príncipe de vocês. Em poucos dias, todos você o verão
assentado a minha direita e coroado teu Rei!
E dito isto, o Rei e Seu Filho entraram e a multidão se dispersou.
*
Longe dali, a ave negra que perseguia ao Príncipe voava de volta ao seu senhor:
− Ele chegou e já está com seu Pai. O que faço agora?
− Nada. Já fez o suficiente.
Assim, a criatura saiu e deixou o estranho “senhor” a sós.
*
Horas depois, a trombeta soou em Salém e todos foram se reunir nos átrios reais. Os
músicos começaram a cantar e a tocar, entronizando o Rei. Ao verem-no, todos se prostraram e
O adoraram.
Ao som de música, o Rei e Seu Filho foram homenageados e o povo se alegrava.
Estando assentado à direita de Seu Pai, Emanuel pediu:
− Posso ir para perto deles? Quero conhecê-los de perto.
− Sinta-se em casa. – disse o Rei.
Agradecido, Emanuel desceu e foi para o meio do Seu povo.
do príncipe apóstata, vivia um verdadeiro tempo de paz e prosperidade sob o governo de seu
Justo Rei. Mikael prosseguia liderando o grande exército formado pelo remanescente daqueles
que não cederam às tentações de Dragom (este é o nome do traidor).
A cidade estava bastante empolgada pela chegada do Príncipe herdeiro do Trono de
Salém. Durante muito tempo Ele havia se ausentado e se mantido em lugares longínquos
aprendendo como reinar. Mas o tempo já estava cumprido e dentro em breve, o Príncipe da Paz
chegaria.
Na véspera daquele grande dia, o Rei chamou Mikael aos seus átrios:
− Você sabe o que vai acontecer? – perguntou o Rei.
− Sim, Senhor.
− Eu quero que você vá buscá-lo. Guardem-no até que Ele chegue. Ele esteve por muito
tempo nos domínios de Melquisedeque. Meu filho foi para lá afim de que seja rei segundo a
ordem de Melquisedeque. Não demore, vai depressa!
− Sim. Assim o farei.
Mikael se curvou e depois de adorá-lo, partiu. Convocou seus doze homens de
confiança e foram rumo aos montes.
*
Seu nome era Emanuel e aparentava ter pouco mais de 25 anos. Era um rapaz alto,
forte e de boa aparência. Estava bastante ansioso para ver seu Pai e rever o Reino onde nascera.
Já há três dias eles viajavam e já se aproximavam da cordilheira do Sinai que distava de Salém
uma distância de cinco dias:
− Quanto tempo falta? – perguntou o Príncipe.
− Falta apenas um dia, Senhor. Amanhã a tarde chegaremos.
− Bem, quando a tarde chegar vamos acampar.
E a comitiva passou adiante dali. Era um grupo de seis rapazes contando com o
Príncipe. Todos vestiam roupas simples e vinham sobre cavalos. Ao descer o sol, pararam perto
de um lago. Desceram de suas montarias e tendo-as amarrado para que não fugissem, armaram
uma fogueira e deitaram-se sobre seus mantos. O Príncipe entrou na água para se refrescar
enquanto seus companheiros preparavam a comida. Depois do banho, Emanuel se sentou junto
à fogueira e foi comer. Um de seus amigos aproximou-se e perguntou:
− Como é o Reino de Teu Pai?
− É um lugar onde a justiça governa e não há perversidade. Suas casas não envelhecem
e seus moradores vivem em alegria e júbilo. Mas nem sempre foi assim. Houve quem se
levantasse contra o Rei e seu reinado invocando morte para si. Houve a guerra, mas os rebeldes
foram expulsos e o Reino encontrou estabilidade novamente. Você vai gostar de lá.
O amigo do príncipe se chamava Natã. Era um rapaz de 20 anos que morava com seus
pais nas terras de Melquisedeque. Sua amizade com Emanuel havia começado na adolescência
quando estudaram juntos. Ele conversaram bastante naquela noite e então, depois Natã foi
dormir.
Não muito distante dali, um pássaro negro voava por terras sombrias. Ao pousar, tomou
a forma de um homem e prostrou-se diante de um vulto alto com vestes negras:
− O Filho está voltando para casa. – disse a criatura.
− Continue seguindo-o. E só o deixe quando eu te chamar.
− Assim seja.
A criatura, tomando forma de pássaro novamente, ganhou os céus e partiu rumo a
Salém.
*
O sol mal havia nascido, Emanuel e seu grupo já estavam a caminho de Salém. De
repente, viram uma poeira subir ao longe:
− Alguém se aproxima, Senhor. – disseram.
− Continuem avançando. – ordenou Emanuel.
Quando chegaram mais perto, puderam ver cavalos e cavaleiros vindo em sua direção:
− Senhor, parecem soldados. Estão armados como se viessem contra nós.
− Vamos parar e esperar então. – disse Emanuel. A comitiva do Príncipe parou e
esperou que chegassem os supostos soldados. Em pouco tempo, eles se aproximaram e Mikael
estava à frente deles.
Descendo do cavalo, Mikael saudou-os:
− Viemos em paz e procuramos o Filho do Grande Rei.
− Eu Sou. – respondeu Emanuel. – Quem é você, amigo?
− Sou Mikael. Capitão do exército real e um dos príncipes de Salém. Como você
cresceu, alteza.
− Eu me lembro de você. Estes são meus amigos. Natã, Gabriel, Calebe, Cefas e Judá.
− Sejam bem vindos. – Mikael prostrou-se e o adorou.
– Agora vamos, Teu Pai te espera.
A comitiva, agora maior, partiu rumo a Cidade da Paz. Em algumas horas chegariam a
seus portões onde o povo inteiro os aguardava preparados para uma grande festa.
E no céu, um pássaro negro os seguia.
*
O sol ainda brilhava (não com tanta força) e refletia nos espelhos e vidros do Palácio. A
cidade estava completamente adornada. Os homens cuidavam para que tudo estivesse pronto
quando Ele adentrasse a Grande Cidade.
Passadas algumas horas, ouviu-se um grande clamor e o som de trombeta. Todos
corriam para as portas da cidade munidos de ramos de oliveiras. A população de Salém em
peso aclamava ao cavaleiro que vinha sobre seu cavalo ao lado de Mikael.
Em alta voz, todos davam suas boas vindas e homenagens a Emanuel, que observava e
se alegrava muito com tudo aquilo. Passaram com seus cavalos entre a multidão que se
comprimia para ver quem era aquele Príncipe tão esperado. Ao chegarem à porta do Palácio,
Emanuel desceu de seu cavalo e prostrou-se entre lágrimas:
− Como são sublime estes degraus e mais ainda como é sublime Aquele que se assenta
sobre o Trono. Bendita seja por todos os dias da eternidade e malditos sejam todos teus
inimigos!
Ao terminar de dizer estas palavras, saiu ao Seu encontro o Seu Pai e todos os que
assistem diante dEle:
− Este é o meu Filho amado, Aquele a quem eu quero bem!
Emanuel aproximou-se de Seu Pai e os dois se abraçaram em meio às lágrimas. Todos
os que viam se emocionavam e diziam uns aos outros:
− Eles são realmente um só. Vejam como se amam.
O Rei olhou para a multidão que estava ao pé da escadaria e disse:
− Este é Emanuel, meu Filho e Príncipe de vocês. Em poucos dias, todos você o verão
assentado a minha direita e coroado teu Rei!
E dito isto, o Rei e Seu Filho entraram e a multidão se dispersou.
*
Longe dali, a ave negra que perseguia ao Príncipe voava de volta ao seu senhor:
− Ele chegou e já está com seu Pai. O que faço agora?
− Nada. Já fez o suficiente.
Assim, a criatura saiu e deixou o estranho “senhor” a sós.
*
Horas depois, a trombeta soou em Salém e todos foram se reunir nos átrios reais. Os
músicos começaram a cantar e a tocar, entronizando o Rei. Ao verem-no, todos se prostraram e
O adoraram.
Ao som de música, o Rei e Seu Filho foram homenageados e o povo se alegrava.
Estando assentado à direita de Seu Pai, Emanuel pediu:
− Posso ir para perto deles? Quero conhecê-los de perto.
− Sinta-se em casa. – disse o Rei.
Agradecido, Emanuel desceu e foi para o meio do Seu povo.